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domingo, 31 de julho de 2011

COLOCAR NO CURRÍCULO AS VISITAS TÉCNICAS REALIZADAS E AS PESQUISAS ELABORADAS PODEM ABRIR PORTAS PARA TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO INICIANTES


As Visitas Técnicas de quem esta fazendo o curso Técnico em Segurança do Trabalho, também podem ser acrescentados nos currículos. O que pode somar pontos como experiência prática para conquistar o primeiro emprego como O Profissional Técnico em Segurança do Trabalho ou então o primeiro Estágio de Técnico em Segurança do Trabalho.
Vendo que muitas pessoas tem dificuldade em conseguirem Estágio de Técnico em Segurança do Trabalho, o que ainda muitas vezes é Estágio obrigatório para poder conseguir se formar. E outras pessoas tem a outra barreira - A experiência, assim pessoas que se formam em Técnico em Segurança do Trabalho ficam fora do mercado por não ter a experiência solicitada. Então inserir as Visitas Técnicas no currículo que é integração da Empresa com a Escola, tende a fazer abrir portas.
Além de uma outra opção, inserir no currículo vitae, as pesquisas realizadas na instituição de ensino, tal como: TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, entre outras pesquisas.
Tudo isso tende a abrir portas diante desse conturbado primeiro passo do profissional formado Técnico em Segurança do Trabalho nesse primeiro caminho, que é conseguir o primeiro estágio e o primeiro emprego como Técnico em Segurança do Trabalho.


INTERFACE DOS ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO TRABALHO E DOS TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Em primeiro lugar, devemos esclarecer que, dentro de um raciocínio lógico, só se pode entender a Engenharia de Segurança como campo de atuação de um conjunto de profissionais, que se dedicam a essa atividade em seus diversos níveis de habilitação, agindo, portanto, dentro de uma hierarquia funcional. Assim sendo, a Engenharia de Segurança compreende tanto os profissionais de terceiro grau (engenheiros) como os de segundo grau (técnicos).

Raciocinar diferentemente seria aceitar a ruptura não somente no vínculo funcional, mas também no da responsabilidade técnica. Infelizmente, esse não foi o entendimento do dispositivo legal que carreou para o Sistema CONFEA/CREA os profissionais de terceiro grau, conduzindo para o Ministério do Trabalho, os de segundo grau. Portanto, esse é o primeiro problema com que nos deparamos ao buscar equacionar as medidas necessárias que nos permitam unificar a Engenharia de Segurança e inseri-la, como um todo, na sociedade.

A partir da Lei 7.410/85, foram delegadas a dois sistemas sociais diferentes responsabilidades pelas definições das atribuições próprias dos dois segmentos da Engenharia de Segurança. Vejamos como foi abordada a questão dos profissionais de terceiro grau: a referida lei dispõe sobre o exercício da especialização restrito apenas a engenheiros e arquitetos que atendam às condições por ela expressas. Entretanto, é omissa no que se refere a abrangência das atividades específicas dessa especialização. O Decreto 92.530/86, regulamentando a Lei 7.410/85, determina que ao sistema CONFEA/CREA cabe, além de registrar os profissionais, definir as atribuições dessa nova especialização. Através de Resoluções (a primeira de n°325, de 27/11/87), consolidadas na de nº 359, de 31/7/91, essas atribuições ficaram definidas pelo Sistema.

Quanto aos profissionais de segundo grau, o Ministério do Trabalho, após consulta ao sistema CONFEA/CREA, e respaldado no que dispõe o Decreto 92.530/86, definiu as atribuições dos técnicos de segurança - Portaria 3275, de 21/9/89. Posteriormente, a Resolução 358, de 31/7/91, do CONFEA, inseriu a profissão de técnico de segurança no Sistema, sem que, em seus "considerandos", se referisse aos diplomas legais vigentes oriundos do MTE. Praticamente, essa Resolução pouca repercussão teve entre os técnicos de segurança. A grande maioria não se registrou no Sistema.

É de se observar também o empenho das associações e sindicatos de técnicos de segurança na busca da criação de um Conselho próprio. Atualmente existe no Congresso Nacional um projeto de lei sobre o assunto.

TEÓRIA DE ANÁLISE DE RISCOS


TÓPICOS PARA MONTAR DE TRABALHO SOBRE RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO:

A importância de conhecer os riscos


Avaliação de riscos


Formas de avaliar os riscos


Classificação dos riscos


Guia de avaliação preliminar de riscos na empresa


Principais causas dos acidentes e doenças do trabalho

sábado, 30 de julho de 2011

QUESTÃO LUCRATIVIDADE

Segundo o deputado, o projeto não vai afetar a lucratividade das empresas. “À primeira vista, pode-se pensar em um acréscimo de custo. Mas, apesar do primeiro impacto na folha de pagamento, estatísticas da Previdência Social comprovam elevado gasto de recursos em razão de afastamento por acidente de trabalho”, afirma.

Ele cita também a perda de lucros que a empresa sofre em razão dos dias não trabalhados pelo funcionário afastado. “A contratação de profissional preparado para prevenir esse infortúnio é a melhor forma de reverter esse grave problema nacional. As ações preventivas, quando administradas por profissional competente, não chegam a significar 10% da despesa realizada por ações curativas, tanto pelo lado produtivo quanto na perspectiva de uma vida mais saudável e equilibrada para os trabalhadores”, sustenta o deputado.

Atualmente, a segurança no trabalho está a cargo das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas).

PROJETO OBRIGA EMPRESAS A CONTRATAR TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 469/11, do deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), que obriga toda empresa a contratar técnico de segurança do trabalho, com o objetivo de promover a diminuição de acidentes.

Pelo projeto, as empresas com 51 a 100 empregados deverão contratar pelo menos dois técnicos; e com 101 a 200 empregados, três técnicos. Acima de 200, deverão contratar um técnico de segurança adicional para cada grupo de 150 empregados.

Se o projeto for aprovado, as empresas terão prazo de 180 dias para cumprir a norma.

Lucratividade
O deputado diz que é imenso o número de acidentes de trabalho verificados no Brasil, principalmente em empresas de pequeno e médio porte.

Segundo ele, o projeto não vai afetar a lucratividade das empresas. “À primeira vista, pode-se pensar em um acréscimo de custo. Mas, apesar do primeiro impacto na folha de pagamento, estatísticas da Previdência Social comprovam elevado gasto de recursos em razão de afastamento por acidente de trabalho”, afirma.

Ele cita também a perda de lucros que a empresa sofre em razão dos dias não trabalhados pelo funcionário afastado. “A contratação de profissional preparado para prevenir esse infortúnio é a melhor forma de reverter esse grave problema nacional. As ações preventivas, quando administradas por profissional competente, não chegam a significar 10% da despesa realizada por ações curativas, tanto pelo lado produtivo quanto na perspectiva de uma vida mais saudável e equilibrada para os trabalhadores”, sustenta o deputado.

Atualmente, a segurança no trabalho está a cargo das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas).

Tramitação
A proposta foi apensada ao PL 4317/01, do Senado, que altera a composição das Cipas. Os projetos serão analisados em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


FONTE:
Fonte: Agência Câmara de Notícias

CAPACETES - CORES INDICA FUNÇÃO?

Perante a legislação vigente não existe nenhum documento oficial identificando as cores dos capacetes a cada função na empresa. A própria empresa determina as cores de EPI´s de acordo com a sua organização. O mais importante é que seja divulgado aos colaboradores o sistema de cores para cada capacete adotado por sua empresa.

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO: MBA EM GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E MEIO AMBIENTE

Este curso tem como objetivo formar Técnicos com responsabilidades de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho nas empresas e organismos da administração pública e privados (central ou local). O curso pretende dar, completar ou aprofundar os conhecimentos desses técnicos nesta matéria, designadamente conhecimentos relacionados com o ambiente de trabalho, a segurança do trabalho, a segurança contra incêndios, os riscos industriais graves e os Sistemas de Gestão da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, de acordo com o referencial.

Dirigido a:

Graduados das áreas ambiental, de saúde, administração e demais interessados.





Programa - Grade Curricular

Módulo 1 :

I – Fundamentos da SHST

  • Legislação, regulamentos e normas sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
  • Gestão das organizações


II – Organização e Estudo do Trabalho

  • Gestão da Prevenção
  • Noções de estatística e fiabilidade
  • Psicossociologia do trabalho
  • Ergonomia
  • Técnicas de informação, de comunicação e de negociação
  • Concepção e gestão da Formação

Módulo 2:

  • Introdução à Higiene do trabalho
  • Riscos Químicos
  • Riscos Físicos
  • Riscos Biológicos

Módulo 3Segurança do Trabalho:

  • Introdução á Segurança do Trabalho
  • Movimentação de cargas
  • Segurança de Máquinas
  • Riscos Elétricos
  • Segurança na Construção Civil

Módulo 4 Segurança contra incêndios e riscos industriais graves:

  • Segurança contra incêndios e explosões
  • Riscos industriais graves

Módulo 5 - Sistemas De Gestão Da Segurança, Higiene E Saúde No Trabalho:

  • Introdução aos Sistemas de Gestão da SST
  • Interpretação dos requisitos da Norma OHSAS 18001
  • Auditorias

Sistemas de Avaliação:

  • Formação Presencial – Testes Presenciais no final de cada Módulo.
  • Formação Não Presencial – Testes Não Presenciais e Fichas de Avaliação Contínua no final de cada tema.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

PARECER TÉCNICO

O Parecer Técnico define como sendo o documento emitido pelo Técnico em Segurança do Trabalho ou quaisquer outro profissional do SESMT contendo o seu pronunciamento e a sua opinião a cerca da questão/situação técnica específica a sua área de atuação.

NOTA: PARECER - Opinião fundamentada sobre determinado assunto, emitida por especialista -

Não existe um modelo exato para este tipo de documento, porém recomenda-se que contenha os seguintes tópicos:

a) OBJETIVO: em que introduz o assunto do documento;

b) FATOS: em que se demonstra o atual contexto da problemática em questão;

c) ANÁLISE: se desenvolve os objetivos do parecer detalhando os pontos técnicos.

d) FUNDAMENTO LEGAL: em que se justificam os objetivos do parecer sob o contexto das leis brasileiras.

e) CONCLUSÃO

f) RECOMENDAÇÃO: em que se salienta a eventual necessidade de novas avaliações.

O parecer ainda pode conter anexos com informações a cerca do produto em questão.

terça-feira, 26 de julho de 2011

DECIBELÍMETRO - EPIs

Decibelímetro Digital: de dígitos
Média de Preço: R$ 850,00


Decibelímetro Digital: de dígitos


Decibelímetro de Analógico: de ponteiro


É o aparelho utilizado para medição da intensidade sonora em campo. Para utilização de EPIs, o ruído tem que estar acima de 85 decibéis.

Qual a NR que descreve corretamente o estudo do ruído?
R: NR-15.

Qual o nome da perca auditiva ocasionada pela exposição do ruído?
R: Neuro Sensorial.

Quando deve ser calibrado o decibelímetro?
R: A cada 6 meses

Qual a diferença entre ruído de Conforto e o Ocupacional?
R: O ruído de conforto não há necessidade de uso de EPI, já o ruído ocupacional terá necessidade de usar EPI.


TIPOS DE MEDIÇÃO REALIZADAS COM O DECIBELÍMETRO

- Medição Pontual: No ponto exato do ruído.
- Medição Ampla: É aquela que é feita no setor todo.


domingo, 24 de julho de 2011

ISO 9001 E 14000


SELO ISO 9001 é a norma que tem como principal objetivo fornecer orientação no sentido de desenvolver e implementar um sistema de gestão da qualidade, visando melhorar a eficácia dos processos existente e aumentar a satisfação do cliente através do atendimento aos seus requisitos.


SELO ISO 14000 é a norma desenvolvida pela ISO e que estabelece diretrizes sobre gestão ambiental dentro das empresas.A Norma ISO 14.001 inclui os elementos centrais do Sistema de Gestão Ambiental ( SGA ) a serem utilizados para Certificação/registro.O certificado de Gestão Ambiental ISO 14001 atesta responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma organização.Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14001, a organização tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida pelo INMETRO e outros organismos internacionais.Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como:Cumprimento da legislação ambiental; Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade; Procedimentos padrões e Planos de Ação para eliminar ou diminuir os Impactos Ambientais; Pessoal devidamente treinado e qualificado.

PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL DO TRABALHO

Psicologia do Trabalho - área de conhecimento e campo de atuação profissional que se ocupa de estudar e intervir nos processos psicológicos presentes no trabalho humano.

Psicologia da Segurança no Trabalho - parte da Psicologia que ocupa-se do componente de segurança da conduta humana. Pode ser entendida como o resultado da impossibilidade de se construir ambientes plenamente seguros, o que configura o papel fundamental dos aspectos humanos na construção da segurança.

O Ser Humano constrói os seus relacionamentos a partir do relacionamento com o meio. Por essa razão a Psicologia do Trabalho se encarrega de estudar e intervir nos processos presentes no ambiente de Trabalho humano.

A começar pelo COMPORTAMENTO INDIVIDUAL DE CADA PESSOA que é o conjunto de relações que se estabelece entre aspectos de um organismo e aspectos do meio no qual ele atua considerando as situações antecedentes e as alterações resultantes desta interação.

O "fazer" das pessoas é central na construção de um processo de trabalho mais saudável e seguro para o indivíduo e para a coletividade.

O COMPORTAMENTO por sua vez esta ligado à PERSONALIDADE que é a organização dinâmica de integração de elementos do caráter e do elemento do temperamento. É a forma de como você articula os seus fatores.

Então com isso cada pessoa no ambiente de trabalho tem o seu jeito de ser, o seu COMPORTAMENTO e a sua PERSONALIDADE, mais o seu modo ver os fatores, seu ponto de vista, que é o seu CARÁTER, o modo em que essa pessoa foi criada e as experiências que passou ao longo de sua vida, é decorrente de sua interação com o meio. É formado a partir de suas experiências com o mundo. Adquirimos o CARÁTER a partir da nossa vivência pelas experiências que passamos em nossas vidas. O CARÁTER regula, amolda o TEMPERAMENTO.

TEMPERAMENTO.

O Ser Humano tem como base do seu COMPORTAMENTO o APARELHO PSÍQUICO que são:

· SUPER EGO: Consciência;

· EGO: Pré Consciência;

· ID: Inconsciência (controla todos os impulsos e a ansiedade)

No Ambiente de Trabalho vemos que o (a pessoa) do Ser Humano, é movida por CONDICIONAMENTO, que nada mais é, do que a capacidade de responder à determinados estímulos de forma repetitiva, equivalente a estabelecer condições para o comportamento, aí que entra a MOTIVAÇÃO: processo endógeno, que visa atender as necessidades do ser humano. O Motivo que me leva a fazer uma determinada Ação. Equivalente ao ESTÍMULO/INCENTIVO, fator condicionante externo, que leva a fazermos a nossa VONTADE. O que temos VONTADE de fazer.

Toda a VONTADE advém do COMPORTAMENTO. Todo COMPORTAMENTO tem por base uma NECESSIDADE. Todo COMPORTAMENTO tem uma RAZÃO DE SER. E essa RAZÃO DE SER é a NECESSIDADE.

Todas as nossas ações querem sejam elas voluntárias ou involuntárias são realizadas por uma NECESSIDADE.

COMPORTAMENTO:

· VOLUNTÁRIO: Aceito

· INVOLUTÁRIO: Não Aceito

O que nos motiva a vida é a satisfação das necessidades. O tesão pela vida. Pois nascemos, para SER FELIZ, para tirar prazer da vida. Por essa razão, o SUICÍDIO que é uma Patologia é considerado ser uma doença mental. (O Ser Humano que comete suicídio perdeu o prazer pela vida, perdeu o motivo de saber qual é a sua razão de viver. Os únicos seres que vivem para comer, são os animais.)

*FALEM MAL OU FALEM BEM, MAIS FALEM DE MIM: O Ser Humano é um ser que não vive sozinho, por essa razão SOLIDÃO, causa problemas psicológicos. O Ser Humano, precisa de ATENÇÃO e RECONHECIMENTO para sentir-se bem e levantar o seu EGO. Então vemos, que falta de atenção é falta de CARÊNCIA. Falta de AFETIVIDADE.

É baseado nesses conceitos e outros conceitos mais em que o Técnico em Segurança do Trabalho vai fazer os funcionários à terem consciência de PERIGO e adotarem COMPORTAMENTOS PREVENCIONISTAS.

O PROFISSIONAL TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO TEM AUTONOMIA PARA APLICAR ADVERTÊNCIA AO EMPREGADO POR NÃO USAR EPIs?

Não cabe, apenas ao técnico de segurança e nem a outro profissional de saúde e de segurança, a atribuição de aplicar penalidades aos funcionários. Esta função deve ser executada pela gestão de pessoas da empresa. Mas sabemos que as punições para os empregados, no que se refere a problemas de segurança ocupacional, são fundamentadas em recomendações propostas por profissionais de saúde e segurança, entre eles, nós técnicos de segurança, portanto não aplicamos tal penalidade, quem faz isso de maneira Legal é a empresa, de maneira indireta contribuimos para isso.

A aplicação da advertência deve ser aplicada pelo Gestor/Chefia do funcionário, uma vez que nós Técnicos não estamos ligados diretamente aos funcionários.

Até podemos solicitar a aplicação de advertência por um descumprimento de procedimento de segurança ou algo do gênero, mais o Gestor/Chefe é o responsável pelo funcionário, a advertência sendo aplicada por ele terá com certeza mais resultados.

Vejo essas punições, para determinados funcionários, como essencial, claro que antes disto, ocorra treinamentos, orientações sobre a importância e necessidade de se fazer prevenção no trabalho.

sábado, 23 de julho de 2011

ETAPAS DA AUDITORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Pré-Auditoria

Planejamento da Auditoria

O planejamento é essencial para que sejam definidos os elementos-chave de uma auditoria ambiental: o objetivo: o escopo: os critérios: os recursos necessários: a equipe de auditores e respectivas responsabilidades; e as datas de realização da auditoria in loco.

Definição do Objetivo

Defina-se nesta etapa se a auditoria pretende verificar a conformidade da empresa com a legislação, com sua política em segurança e saúde do trabalho, com seu sistema de gestão em segurança e saúde do trabalho, dentre outros possíveis objetivos. Deve-se evitar a definição de inúmeros objetivos, o que pode confundir e dificultar a atuação dos auditores.

Definição do escopo

Escopo é o local onde será realizada a auditoria. Deve ser clara e objetiva, estando de acordo com o objetivo.

Localização geográfica – defina-se aonde será realizada a auditoria, isto é, que atividades dentre as localizadas em uma determinada cidade, estado ou país. Para empresa/corporação que tenha diversas unidades em uma mesma cidade/estado, recomenda-se a escolha e uma delas para a aplicação da primeira auditoria, seguida, paulatinamente pelas demais.

Limites organizacionais – defina-se os limites organizacionais da auditoria, isto é, se a auditoria será aplicada em toda a organização: em alguma de suas unidades, ou em alguma área funcional (produção, armazenagem, comercialização, etc.) da organização; ou de alguma unidade.

Objeto de auditagem – defina-se o que será auditado, isto é, se a auditoria de segurança do trabalho, será aplicada em conjunto com auditorias de saúde, ambiental, qualidade do processo produtivo, analise de riscos, etc.

Período – defina-se o período, isto é, a data a partir da qual serão levantadas as informações e as evidencias de conformidade e de não-conformidade da unidade submetida a auditoria. Esta é estabelecida de acordo com fatores como objetivo da auditoria, periodicidade, tipo de atividade da unidade auditada, localização, data de instalação e tempo de funcionamento da unidade. Em caso de empresas que apliquem auditorias periódicas, o auditor deve avaliar a empresa a partir da data de realização da auditoria precedente. Caso se trate de uma primeira auditoria, admita-se que a definição de um período de dois anos para submeter à avaliação seja razoável para entender o funcionamento de uma empresa e detectar risco de ocorrência de acidente ambiental.

Tema Ambiental – avalia-se quais os itens serão avaliados na auditoria - poluição do ar, da água, gestão de resíduos sólidos, uso de recursos naturais, riscos ambientais, etc. Em geral a definição dos itens esta correlacionada ao tipo de auditoria e à tipologia da atividade em questão.

Definição de Critérios

Os critérios da auditoria correspondem às políticas, praticas, procedimentos ou regulamentos (legais, organizacionais, normas) que serão utilizados pelo auditor como referencia para a coleta das evidencias da auditoria. Eles serão selecionados em função do objetivo e escopo, devendo ser relacionados criteriosamente, de modo a agilizar o trabalho dos auditores.

Os materiais de apoio a aplicação da auditoria – lista de verificação (check list), protocolos, guias de entrevistas e outros – são elaborados à luz dos documentos de referencia, ou seja, dos critérios estabelecidos para a auditoria.

Definição dos Recursos Usados na Auditoria

Os recursos devem ser compatíveis com o objetivo e escopo da auditoria. Devem ser fornecidos recursos humanos, físicos e financeiros suficientes para a sua aplicação.

Seleção da Equipe de Auditores

A partir da delimitação do escopo e dos recursos disponíveis define-se a equipe de auditoria, que deve ser imparcial e independente com relação à unidade a ser auditada. Não se deve confundir independência dos auditores com necessidade de uso de auditores externos à empresa. Independência indica não subordinação à unidade auditada.

As auditorias podem ser externas, internas ou corporativas.

A auditoria externa é executada por pessoas especializadas no objeto de auditagem e sem qualquer vinculo empregatício com a empresa que esta sendo auditada. Seu objetivo principal é expressar opinião sobre o segmento auditado, identificando as possíveis falhas na empresas auditadas no que concerne ao objeto da auditagem, bem como sobre a confiabilidade dos trabalhos dos auditores internos, quando houver.

A auditoria interna é executada por empregado independente da unidade auditada e especializado no objeto de auditagem. Seu objetivo principal, normalmente, é verificar o entendimento aos regulamentos e às normas traçadas para a empresa e a prevenção de potenciais acidentes, tendo como preocupação primordial a identificação de eventuais irregularidades.

A auditoria corporativa é executada por pessoal especializado e independente pertencente à matriz, à empresa holding ou o órgão central da empresa, no caso desta ser governamental.

A auditoria ambiental deve ser realizada por, pelo menos, dois auditores, independente do tamanho da empresa auditada. Em geral, há um auditor líder para cada equipe de auditores. O auditor líder é o responsável por assegurar a condução e a conclusão eficiente e eficaz da auditoria, de acordo com o escopo e o plano aprovado. Assim, ele necessita apresentar, alem das características pessoais necessária a um auditor, habilidade para assegurar um efetivo gerenciamento e liderança no processo de auditoria.

O auditor deve estar ciente de que os resultados da auditoria, ou o que foi observado durante a sua execução, só devem ser comentados e divulgados às partes interessadas, isto é, aos demais membros da equipe de auditoria, auditados, cliente e a quem este indicar.

Dentre as características pessoais indispensáveis a um auditor destacam-se: conduta ética, independência, objetividade, organização pessoal, capacidade analítica, competência para expressar claramentes conceitos e idéias (verbal e por escrito), autocontrole e perseverança. No que tange a capacidade técnica, a equipe deve ser formada de modo a ter capacitação para poder verificar, analisar e avaliar a observância aos critérios indicados para a auditoria.

Alem dos atributos necessários para os auditores em geral, o auditor ambiental deve ter características especificas. A Norma Serie ISSO 14012 - ´´ Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação para Auditores Ambientais`` sinaliza que para das suporte à aplicação de auditorias ambientais e implantação de sistemas de gestão tais, sendo o objetivo da norma fornece esta orientação.

Preparando a Auditoria Ambiental

É essencial à preparação e aplicação da auditoria que haja aceitação e colaboração do auditado. A preparação da auditoria só deve ser iniciada após concluído seu planejamento, ou seja, é necessário que tenha sido estabelecida:

Ø Definição rigorosa e clara do objetivo, escopo e critérios a serem adotados;

Ø Disponibilização de recursos suficientes para apoiar a auditoria; e

Ø Seleção de equipe de auditores independente e adequada à sua aplicação.

Elaboração do questionário

Os auditores em contato prévio com os auditados e com base no objetivo, escopo e critérios estabelecidos para a realização da auditoria ambiental, por meio de um questionário, informações básicas para a estruturação do protocolo ou da lista de verificação (check list), considerando os seguintes aspectos:

Ø Razão social, registros e licenciamentos pertinentes a unidade auditada;

Ø Organograma gerencial com identificação de responsabilidades;

Ø Estrutura de gestão da unidade auditada (política de comunicação e de informação, etc.) e da corporação a que ela pertence (se for o caso);
Mercado em que a unidade opera;

Ø Planta da unidade auditada;

Ø Fluxograma do processo de produção;

Ø Registro e inventario de poluentes (líquidos, gasosos, sólidos e material radioativo) ruídos, vibrações e odores;

Ø Registro de acidentes;

Ø Relação de insumos utilizados;

Ø Legislação, normas e regulamentos pertinentes;

Ø Exigências especificas par a unidade a ser auditada;

Ø Registro de treinamentos; e

Ø Relatórios de auditorias ambientais anteriores ou inspeções anteriores, se for o caso.

Os protocolos e as listas de verificação conterão questões gerais e especificas. De posse das informações os auditores as analisam, estabelecem e preparam os instrumentos e os documentos necessários à atividade de campo. O protocolo e a lista de verificação de auditoria ambiental, quando já existentes, são adaptadas as necessidades da unidade em questão. A partir desta fase a equipe de auditores deve conhecer e compreender o sistema de produção, os aspectos ambientais, os mecanismos de controle e gestão, bem como as atribuições de tarefas e responsabilidades da unidade auditada. Em alguns casos, já é possível detectar não conformidade ou parâmetros falhos em termos de controle ambiental.

Pode também, ser identificada a necessidade de incorporar à equipe de auditores especialistas numa determinada questão ambiental. Exemplo: a partir da analise do material enviado pelo auditados, a equipe de auditores pode identificar a necessidade de incorporar à equipe algum especialista em tratamento de efluentes líquidos e que seja capaz de avaliar a tecnologia utilizada na unidade.

A data da realização da auditoria em campo é agendada entre auditores e auditados. A equipe deve enviar ao gerente da unidade auditada uma carta confirmando a data de aplicação da auditoria ambiental, objetivos, escopo, critérios da auditoria e de seus objetivos. Todos os trabalhadores da unidade devem ter conhecimento da auditoria.

O que são questionário de Pré-auditoria, Protocolo e Lista de Verificação (check list)

O questionário de pré-auditoria é um instrumento contendo uma relação de perguntas visando à obtenção de respostas detalhadas que esclareçam quanto aos procedimentos, as rotinas, os registros e as responsabilidades da empresa e auxiliem na elaboração dos demais instrumentos a serem utilizados em campo para a identificação de evidencias de conformidades e não conformidades com os critérios estabelecidos para a auditoria.

O protocolo é um guia para ser usado pelo auditor na condução da auditoria. Contem completa orientação para a identificação das evidencias de cumprimento ou não-cumprimento dos critérios estabelecidos para a auditoria. Na fase de preparação da auditoria os auditores adequam o protocolo genérico às exigências especificas, como legislação, normas e requisitos aplicáveis à unidade auditada, as quais devem ser identificadas e revistas.

A lista de verificação (check list) é uma relação de perguntas que procura identificar a existência de conformidade ou não-conformidade na unidade auditada. Um profissional com pouca ou média experiência, em principio, não conduz uma auditoria apenas com uma lista de verificação, há que se fazer uso do protocolo. Profissionais experientes familiarizados com a metodologia de auditoria ambiental e com a tipologia da unidade a ser auditada podem usar apenas a lista de verificação, sem necessitar do protocolo.

Aplicação da Auditoria no Local

A duração desta etapa depende do objetivo, do escopo e da complexidade da unidade, bem como, do tamanho e da qualificação da equipe de auditores. Em geral, o tempo requerido para sua realização varia entre 2 a 5 dias. O desempenho da equipe nas etapas anteriores de planejamento e preparação da auditoria (pré-auditoria) tem influencia na duração desta etapa, isto é, se previamente tiverem sido exaustivamente levantadas e analisadas as informações disponibilizadas, ocorrerá maior agilidade na realização da auditoria na unidade.

Esta etapa tem como objetivo obtenção, analise e avaliação de evidencias de atendimento aos critérios estabelecidos para a auditoria, utilizando da verificação in loco dos procedimentos, atribuições de responsabilidade, gestão empresarial interna, processo produtivo da empresa, monitoramento, registros, controles, etc. Esta verificação se dá por meio de observação, entrevistas, realização de testes e analise amostral da documentação e dos procedimentos pertinentes à unidade submetida à auditoria. É nesta etapa que se confirmam as não-conformidades identificadas na pré-auditoria e se completa a obtenção de evidencias.

Independentemente do tipo de auditoria que se está realizando, compreende: apresentação, compreensão da unidade e sua gestão, coleta de evidencias, avaliação das evidencias identificadas e apresentação dos resultados.

Apresentação

A aplicação da auditoria ambiental no local se inicia com uma reunião de abertura na qual os auditores se apresentam e expõem ao gerente da unidade e aos demais membros, por ele indicados, os objetivos da auditoria, o modo pelo qual pretendem conduzi-la e os critérios para a avaliação das conformidades e das não-conformidades. Os auditados, por sua vez, apresentam-se e informam como pretende auxiliar os auditores na condução da auditoria.

Compreensão da Unidade e de sua Gestão

Na busca das evidencias cinco perguntas devem estar sempre na mente dos auditores: QUEM?, O QUE?, COMO? ONDE? e QUANDO?

É necessário para que se identifiquem as evidencias de conformidade e não-conformidade; os potenciais riscos; as atribuições de cada individuo dentro da unidade, entendendo não só o que é realizado mas, também, como e com que freqüência e o local da ocorrência. Esta é uma etapa essencial na realização de qualquer auditoria.

O processo de compreensão da gestão da unidade começa com a obtenção de uma ampla visão das atividades desenvolvidas, que se inicia na preparação da auditoria (fase de pré-auditoria), com a analise das informações disponíveis na unidade propriamente dita, é retomada com a reunião de abertura e prossegue na condução dos seguintes procedimentos:

Reunião de Trabalho: reunião dos auditores com os membros indicados pela gerencia da unidade, quando são discutidos, dentro do escopo da auditoria, os aspectos ligados à operação e à estrutura organizacional da unidade e onde são estabelecidas as diretrizes gerais para a operacionalização da auditoria no local, como a definição dos locais e horários das entrevistas e as pessoas da unidade que acompanharão os auditores nos locais e horários definidos.

Visita de Reconhecimento: a equipe de auditores visita a unidade, acompanhado pelos funcionários indicados, orientando-se com relação ao layout e as atividades que pertencem ao escopo da auditoria. Os funcionários destacados para acompanhar os auditores devem ser capazes de lhes responder e explicar questões e duvidas apresentadas. A visita possibilita à equipe obter maior conhecimento relativo aos processos existentes e melhor avaliar como os processos e procedimentos podem afetar o meio ambiente, seja em rotina ou ocasiões especiais.

Revisão do Plano de Auditoria: a equipe se reúne para verificar se considerou no protocolo ou na lista de verificação, todos os tópicos aplicáveis à auditoria na unidade; confirmar se os recursos estão adequadamente distribuídos; e discutir não-conformidades já identificadas de modo a obter, na etapa seguinte, as evidencias.

Coleta de Evidências

O maior tempo da auditoria local será destinado à obtenção das evidencias que darão suporte às avaliações e conclusões da auditoria. As evidencias são obtidas em entrevistas com empregados; observação das praticas de trabalho; exame dos processos de produção; controle dos equipamentos; e revisão da documentação, tais como, manuais de procedimentos, manifestos de resíduos, mapas de risco.

O protocolo ou a lista de verificação auxiliam na coleta de evidencias, direcionando a atuação dos auditores de modo que estes não se desviem do objetivo da auditoria. A capacitação da equipe de auditores e as técnicas por elas usadas nas entrevistas, nos testes e na observação, também, influenciam na qualidade dos resultados da auditoria. Pode ocorrer durante a condução da auditoria que uma observação leve o auditor a identificar uma evidencia não relacionada no protocolo, esta deve ser registrada e o desvio de protocolo deve ser documentado para auxiliar na execução de uma nova auditoria na mesma unidade e na apresentação dos resultados. É importante que o auditor esteja ciente de que a constatação de uma não-conformidade não deve ser registrada a partir de apenas uma observação, mas que há necessidade de apresentá-la aos auditados, acrescida da coleta de evidencia da descoberta. Conclui-se que a coleta de informações precisas deve ir alem da simples observação de documentos preexistentes, para tanto, pode-se usar, alternativamente ou cumulativamente, três técnicas:

Entrevista: pode desenrolar-se de maneira formal ou informal, em geral, fazendo uso do material preparado durante a pré-auditoria;

Observação: o auditor deve ser bom observador. Tudo aquilo que pode ser visto, sentido e entendido pode se constituir em elemento de informação, de constatação;

Teste de Verificação: são úteis para avaliar os sistemas de controle interno (de gestão e técnica), bem como, para identificar a conformidade com os critérios da auditoria em situações de atividade “anormais” na unidade. Os sistemas de controle se sofisticam sobretudo, com o potencial de risco da mesma.

Algumas técnicas usadas na aplicação da Auditoria ambiental no local:

Entrevista; Notas de Trabalho; e Técnicas de Amostragem.

Avaliação das Evidencias

A avaliação é realizada juntamente com a etapa de coleta de evidencias da auditoria, evitando que se tenha ao final da auditoria resultados indesejados, como:

ü a descoberta de que não houve evidencias suficientes;

ü que estas não estavam devidamente comprovadas;

ü algumas das evidencias haviam sido mal-interpretadas, não resultando em real evidencia;

ü que algumas das evidencias detectadas poderiam ter influencia em uma não-conformidade não verificada, tendo como, conseqüência resultados incompletos para a auditoria;

ü resultando na necessidade de permanência dos auditores por maior tempo do que o planejado para proceder à auditoria no local.

Também é importante identificar se todos os itens no protocolo ou lista de verificação estão sendo respondidos. Para que a auditoria tenha sua missão cumprida é necessário responder a todos os itens relacionados na documentação previamente preparada.

É recomendável que ao final do dia os auditores se reúnam para apresentar e discutir as evidencias encontradas e as razoes para caracterizá-las. Em geral, esta atividade é realizada ao final do dia em duas reuniões:

Reunião da equipe de auditores: cada auditor identifica se os itens do protocolo ou da lista de verificação a ele atribuídos estão sendo respondidos. Apresenta o sumario das evidencias e observações obtidas naquele dia e os eventuais obstáculos e dificuldades encontrados durante a auditoria. Posteriormente, os membros da equipe, em conjunto, discutem e identificam se as evidencias e observações obtidas naquele dia são objetivas e comprováveis, se os objetivos da auditoria estão sendo alcançados e se as questões levantadas na fase anterior estão sendo respondidas. Em seguida, a equipe prepara o sumario das evidencias e observações a serem apresentadas, naquele mesmo dia, os auditados combina os procedimentos a serem seguidos pelos auditores no dia seguinte.

Reunião com o pessoal da unidade auditada: esta reunião tem por objetivo apresentar as evidencias e observações identificadas no dia pelos auditores e esclarecer pontos polêmicos ou divergentes. Nesta reunião, o grupo de auditados poderá esclarecer duvidas suscitadas ou descaracterizar algumas não-conformidades incorretamente detectadas pelos auditores, devido a lacunas/incorreções de dados e informações a eles apresentados ou, ainda, prover as bases para as revisões mais detalhadas a serem executadas no dia seguinte.

As observações e evidencias não devem ser relatadas pelos auditores, individualmente, no ato em que forem obtidas. Elas devem ser apresentadas por cada auditor na reunião da equipe, o que evita a influencia dos auditados nos resultados; a perda de tempo; ou ``foco´´ com debate relativo à conveniência ou não de registrar a respectiva não-conformidade durante a execução da auditoria.

Apesar do recomendável, para maior eficácia da auditoria, nem sempre é possível realizar a reunião diária da equipe de auditores com os representantes da unidade auditada. Neste caso, o auditor líder deve procurar o funcionário da unidade destacada para acompanhá-lo e discutir os aspectos relevantes detectados durante o dia.

Apresentação dos Resultados

Ao fim do trabalho de campo, a equipe de auditores apresenta aos auditados as evidencias e observações detectadas durante a auditoria. Esta apresentação atende a dois objetivos:

Ø Assegurar que a empresa auditada conheça logo as evidencias detectadas durante a auditoria; e

Ø Permitir ao auditados sanar ou esclarecer eventuais desentendimentos por parte dos auditores e apresentar suas observações quanto às não-conformidades apresentadas.

Esta reunião deve ser:

Ø Amigável, na medida que possível. Para auxiliar a manutenção de clima agradável devem ser apresentadas as evidencias de conformidades, alem das de não-conformidades. É recomendável que a equipe de auditores esteja toda presente na reunião de apresentação dos resultados; e

Ø Conduzida pelo auditor líder, que deve ter em mãos um relatório preliminar preparado em conjunto com os membros da equipe, onde haverá concordância de todos quanto aos laudos relativos às áreas funcionais auditadas. O relatório deve conter um sumario das evidencias detectadas que serão acuradamente relatadas em tópicos.

Após a apresentação das evidencias o auditor líder apresenta eventuais dificuldades encontradas durante o processo da auditoria em campo e, se for o caso, requisita as informações solicitadas pelos auditores e ainda não obtidas. Em seguida, são apresentadas as recomendações mais imediatas, com ênfase nos itens que apresentem riscos, e definido o tempo necessário à elaboração do relatório final da auditoria. Esta reunião encerra a atividade da auditoria no local, isto é, na unidade.

RELATORIO DE AUDITORIA AMBIENTAL

O relatório da auditoria ambiental registra, formalmente, o seu resultado. Ele é o documento onde a equipe de auditores apresenta as evidencias de conformidades e não-conformidades da empresa com os critérios da auditoria, constituindo-se em instrumento de trabalho para os gestores das empresas e subsidio (se divulgado) ao melhor conhecimento do estagio em que se encontra a empresa em relação a questões ambientais para órgãos ambientais, trabalhadores, acionistas, fornecedores, clientes, comunidade local, usuário dos recursos naturais e outros interessados.

Os auditores devem garantir que os resultados da auditoria ambiental sejam claramente comunicados no relatório, isto é, que todas as não-conformidades detectadas e fatos relevantes da empresa relacionados ao objeto de auditagem estejam adequadamente registrados e enviados aos clientes da auditoria.

O escopo do relatório deve ser coerente com o objetivo da auditoria. Não existe uma regra preestabelecida quanto ao conteúdo e à forma de apresentação de um relatório de auditoria, que serão influenciados pelo seu objetivo e destinatário final. Ressalta-se que, dependendo do objetivo da auditoria ambiental, o seu relatório será distribuído a pessoas ou organismos distintos – alta administração, acionistas, gerente ambiental, publico em geral – que farão diferentes usos do mesmo. Consequentemente, é conveniente moldar a forma de apresentação do relatório de acordo com o objetivo e o destinatário, sem, entretanto, alterar o seu conteúdo básico.

Conteúdo do Relatório

O conteúdo do relatório dependera do objetivo da auditoria ambiental, não obstante, alguns elementos devem estar sempre presentes. Os itens do relatório são acordados entre o auditor líder e o cliente, assim como a relação dos destinatários. Observa-se que a auditoria resulta de um contrato entre a equipe de auditores e seu cliente, assim, é importante que a equipe de auditores apresente um certificado de confidencialidade, indicando que os seus resultados só serão apresentados ao cliente e a quem este determinar. Ao Norma Série ISO 14010 apresenta o conteúdo de um relatório de auditoria ambiental:

Ø Identificação da unidade auditada e do cliente da auditoria, isto é, de quem solicitou a auditoria;

Ø Objetivos e escopo;

Ø Critérios utilizados;

Ø Data de condução da auditoria e período coberto pela auditoria;

Ø Identificação dos membros da unidade auditada com participação mais efetiva na auditoria;

Ø Sumario do processo da auditoria, incluindo os obstáculos encontrados;

Ø Conclusões;

Ø Certificação de confidencialidade da auditoria; e

Ø Lista de distribuição do relatório.

A norma Série ISO 14011, relativa a Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental, incorpora a essa lista a necessidade de inclusão da relação de documentos usados para definir os critérios da auditoria. Além disso, detalha o item referente às conclusões como se segue:

Ø Evidencias de conformidade do sistema de gestão ambiental da unidade auditada com os critérios usados na auditoria;

Ø Indicação de que o SGA esta apropriadamente implementado e mantido; e

Ø Indicação de que o processo de revisão da gestão interna é capaz de assegurar a continuidade da adequação e da efetiva do SGA.

O relatório devera conter todas as evidencias objetivas encontradas durante a auditoria, que, por sua vez, devem ter sido apresentadas e discutidas com a equipe de auditados na reunião final da auditoria. As notas de trabalho, comprovando as evidencias enumeradas no relatório, devem ficar sob a guarda de um membro da equipe da auditoria (em geral com o auditor líder) por um período de tempo, não inferior a três anos, para serem apresentadas se demandas.

Atendendo ao objetivo de servir como instrumento de gestão ambiental, é interessante que o relatório de auditoria contenha também as principais evidencias objetivas de conformidade com os critérios da auditoria. Estas poderão servir de subsidio a uma argumentação por parte do gestor, caso necessite requere novos recursos para corrigir as não-conformidades detectadas.

Formato do Relatório

Independentemente do objetivo da auditoria ambiental e de seu destinatário final, existem algumas características básicas que devem estar presentes em qualquer relatório de auditoria ambiental para que este cumpra sua função; clareza, objetividade, precisão e concisão.

A equipe de auditores deve estabelecer um formato padrão para as auditorias de uma determinada empresa, de modo que possa ser estabelecida comparação dos resultados de sucessivas auditorias realizadas, identificando-se, assim, a efetividade das medidas adotadas para corrigir as não-conformidades, bem como, a evolução no trato das questões ambientais dado pela empresa auditada.

A redação do relatório deve considerar seu publico alvo, usando linguagem adequada e familiar a este. Em particular, deve-se evitar o uso de jargões técnicos.

As não-conformidades deve ser claramente relatadas, evitando:

Ø Conclusões precipitadas;

Ø Exibir opiniões de natureza jurídica;

Ø Estimar conseqüências;

Ø Generalizar;

Ø Usar mensagens contraditórias;

Ø Focar a critica em um individuo;

Ø Usar adjetivos ou locuções adjetivas aumentativos e superlativos.

Na introdução ou no item geral são identificadas a unidade auditada, o cliente da auditoria, a data de realização da auditoria, os membros da equipe de auditores, os membros da unidade auditada que tiveram efetiva participação na auditoria, os objetivos e o escopo da auditoria. Enfim, esta seção orienta o leitor a respeito dos aspectos administrativos da auditoria e de seus objetivos.

O sumario executivo apresenta em linhas gerais as evidencias-chave detectadas durante a auditoria, procurando com isto orientar o gestor da empresa quanto aos aspectos ambientais mais significativos

.

Na seção seguinte, são apresentados, em linhas gerais, os critérios utilizados, cujo detalhamento consta como anexo, e as evidencias objetivas encontradas durante a auditoria. É recomendável que sejam incluídas, além das não-conformidades, as conformidades mais significativas, que deverão, elegantemente, ser apresentadas antes das não-conformidades.

A conclusão sumariza as principais evidencias detectadas na auditoria.

Por fim, é apresentada a certificação de confidencialidade quanto aos resultados ali apresentados e a lista das pessoas para quem o relatório esta sendo enviado. Os anexos que se seguem correspondem ao detalhamento dos critérios usados ou de itens que possam subsidiar ao melhor entendimento do relatório.

Formas Alternativas de Apresentar um Relatório de Auditoria ambiental


MODELO I

INTRODUÇÃO

Objetivo

Escopo

Data e local

Participantes da auditoria

(equipe de auditores e de auditados com maior envolvimento na auditoria)

Sumario do processo da auditoria

REQUISITOS LEGAIS

Critérios

Conformidades

Não-Conformidades

POLÍTICA

OBSERVAÇÕES GERAIS

CONCLUSAO ANEXOS

MODELO II

INTRODUÇAO

Data e local

Participantes

Objetivo

Escopo da auditoria

Escopo do relatório

Histórico da planta

Sumario do processo da auditoria

CONFORMIDADES

Legal

Política

NÃO-CONFORMIDADES

Legal

Política

CONCLUSAO

ANEXOS

MODELO III

SUMÁRIO EXECUTIVO

GERAL

Objetivo da auditoria

Escopo da auditoria

Data e local da auditoria

Participantes da auditoria

Sumario do processo da auditoria

RESULTADOS

CRITÉRIOS

Legal

Outros critérios

EVIDÊNCIAS

Conformidade

Não-Conformidade

OBSERVAÇÕES

CONCLUSÃO

ANEXOS

MODELO IV

SUMÁRIO EXECUTIVO

GERAL

Objetivo da auditoria

Escopo da auditoria

Data e local da auditoria

Sumário do processo da auditoria

RESULTADOS

CRITÉRIOS / EVIDÊNCIAS

Requisitos legais

Política da companhia

Desempenho do programa

Maiores riscos

CONCLUSÃO

ANEXOS


Sumário das Etapas de uma Auditoria Ambiental

Pré-auditoria

Planejamento da Auditoria

ü Definição do objetivo

ü Definição do escopo

§ Seleção da unidade; e

§ Notificação à unidade, confirmando data da auditoria.

ü Definição dos Critérios

ü Definição dos Recursos Necessários

ü Formação de Equipe de Auditores

§ Confirmação da disponibilidade

Preparação da auditoria

ü Coleta de informações

§ Discussão do escopo

§ Elaboração do questionário; e

§ Revisão das respostas ao questionário.

ü Elaboração do plano de auditoria

§ Identificação do(s) tópico(s) prioritário(s)

§ Preparação do protocolo ou lista de verificação

§ Alocação de recursos (humanos e materiais).

Aplicação da Auditoria no local

Apresentação

§ Reunião de abertura

Compreensão da Unidade e de sua Gestão

§ Reunião de trabalho

§ Visita de reconhecimento (sempre acompanhada pelo auditado)

¨ Verificação dos controles internos; e

¨ Entrevistas com responsáveis pela unidade.

§ Visitas complementares (quando coletando evidencias)

§ Revisão do plano de auditoria

Coleta de Evidencias

ü Verificação da documentação

ü Observação e avaliação das práticas

ü Entrevista com pessoal da unidade

ü Teste dos sistemas e procedimentos

Avaliação da Evidencias

ü Sumario das evidencias

ü Confirmação de existência de comprovação das evidencias

ü Confirmação quanto a suficiência das evidencias

ü Registro das evidencias de conformidade, de não-conformidade e das observações

ü Reunião diária da equipe de auditores

ü Reunião diária com auditados

Apresentação dos Resultados

ü Apresentação e discussão das conformidades e não-conformidades com os auditados em reunião de encerramento

Relatório de Auditoria Ambiental

ü Preparação e distribuição de minuta do relatório

ü Revisão da minuta do relatório

ü Elaboração e distribuição do relatório final

PLANO DE AÇÃO

Uma auditoria ambiental pode levar ao desenvolvimento de um Plano de Ação por parte dos responsáveis pela unidade auditada, apesar de não pertencer a seu escopo (pode ser desenvolvido pela equipe de auditores, pela própria empresa ou por uma empresa contratada com tal objetivo).

Pode ser tomado como ponto de partida a relação das não-conformidades detectadas. Após reunião de encerramento da auditoria, a equipe de auditores (se for o caso) prepara um quadro com as não-conformidades detectadas – o ideal é que estas sejam classificadas segundo sua significância – e o envia ao auditado para que este defina a prioridade que será adotada para corrigi-las, considerando os recursos envolvidos, o prazo e o responsável pela correção ou acompanhamento. Em seguida, este quadro retorna à equipe de auditores que o anexa ao relatório final. Este é o procedimento usual quando a auditoria ambiental esta inserida em um programa ou sistema de gestão ambiental empresarial. Porem, não se deve incluí-lo, conceitualmente, no escopo de uma auditoria ambiental,pois a elaboração do Plano de Ação pode estar a cargo dos responsáveis pela unidade auditada, enquanto a auditoria ambiental, por definição, deve ser realizada por profissionais independentes da operação da unidade auditada. Passos de um Plano de Ação:

Desenvolvimento de Plano de Ação:

ü Proposta de ações corretivas;

ü Definição dos responsáveis pela sua execução;

ü Definição de recursos envolvidos;

ü Definição de prazo para sua execução;

Acompanhamento do Plano de Ação.

MODELO DE PROTOCOLO DE AUDITORIA EM SST

1) Política de SST

2) Desempenho do SST

3) Estrutura gerencial

4) Gerenciamento de pessoal e treinamento

5) Comunicação

6) Investimento

7) Conformidade legal

8) Fornecedores

9) Seguro

10) Fontes diversas de consumo de energia

11) Processos de produção – responsabilidade pela segurança do processo – verificação de normas e procedimentos, processo de treinamento, avaliações de risco etc.

12) Transporte e distribuição

13) Segurança no trabalho

14) Higiene e Saúde ocupacional

15) Gestão de resíduos sólidos

16) Gestão de emissão gasosa

17) Ruídos e Odores

18) Gestão de matérias

19) Produtos

a) Matéria Prima

b) Embalagens

c) Estocagem

A auditoria de SST é o retrato momentâneo do desempenho da empresa em SST, isto é, ela verifica se a empresa, está, momentaneamente atendendo ao padrão de SST estabelecido nos critérios das normas.

FONTE: Manual de Auditoria Ambiental 2ª Edição Editora Qualitymark Rio de Janeiro - RJ